A Missão

A todos os interessados que por aí caminham sem saberem nem muito bem porquê nem como, que passaram por uma licenciatura e anseiam por algo mais, sem saberem bem o quê, mas mais, mais do que esta vida que não nos basta e não nos chega, porque quisémos mais e queremos mais para lá dos recibos brancos ou verdes, dos "cole-centeres" (como diria o nosso amigo Mário Zambujal) e dos centros de explicações, onde não somos senão carne para canhão, e tantas vezes nem isso, apenas números para apagar da lista conforme o patrão se vira para a direita ou para a esquerda enquanto a noite dorme, apenas e somente números sem nome ou letras, numerais, algarismos, unidades, dezenas, milhares de desempregados, quarenta mil professores, a todos quantos estejam dispostos a uma partida feita de sete mares, este blogue é para vocês, um instrumento de trabalho que eu quero de igual modo como instrumento de esperança, de acesso gratuito porque amanhã não é longe demais, é já aqui e agora, assim queira a tua mão.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

O que acontece aos alunos sem aproveitamento quando o motivo é o próprio desinteresse dos mesmos?

O que acontece aos alunos sem aproveitamento quando o motivo é o próprio desinteresse dos mesmos? E quando os Encarregados de Educação se mostram impotentes ou indiferentes? Ou será que este cenário não se põe em terras de Sua Majestade?
É claro que este cenário se põe em terras de Sua Majestade. Na verdade é aqui que reside o cerne do nosso trabalho, uma vez que sempre que o aluno se apresente desmotivado cabe ao professor procurar estratégias as quais lhe permitam melhorar o nível de desempenho dos alunos. Estas estratégias serão únicas e individuais para cada aluno, desde jogos no princípio das aulas para dar o mote ao assunto daquela aula, jogos didácticos no fim como recompensa pelo bom trabalho desenvolvido naquele dia, passando por reuniões com pais, outros professores, psicólogos, assistentes sociais, entre outros para procurar discernir que outros problemas podem afectar esta criança, actividades extra curriculares, apoio individualizado, responsabilização do aluno, recompensas várias (desde enaltecer o aluno, telefonemas para os pais a dar os parabéns pelo trabalho desenvolvido naquele dia específico), enfim, como professores e bons profissionais todos sabemos como tudo depende da nossa imaginação e capacidade de adaptação a todas as necessidades dos alunos, tudo de modo a garantir como o mesmo mais as suas necessidades individuais recebem a resposta devida e atempada. Aqui reside o cerne do trabalho do professor.

1 comentário:

  1. Isso é admirável (aliás, tudo aquilo que relata neste blogue é de alguma forma surpreendente), uma vez que cá em Portugal existe uma certa reacção virulenta ao "ensino centrado no aluno" e todos se desculpam com a impossibilidade de prestar apoio individualizado. Mas convenhamos que cá temos 100 alunos por professor, enquanto que em Inglaterra esse número será... menor?

    Em Portugal os professores dão 22horas semanais de aulas mais 5 a 7 em tempos de escola (salas de estudo, apoio à biblioteca, direcção de turma, etc.); para lá dessas horas, e não contabilizadas, surgem as horas mortas, os "furos" no meio do horário que raramente podem ser aproveitados. E em Inglaterra, como é?

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